8. O Poder e a Religião

Posso te assegurar, e tu sabes, que a maioria das pessoas crê firmemente no que pregam as religiões e, em grande parte dos casos, segue as orientações morais e políticas de seus prelados. Por isso, ouve meu conselho: jamais desprezes as religiões, mas trata-as com equanimidade, posto que, entre si, elas padecem de grandes disputas. Mas eis o principal: não deixes que nenhum prelado seja teu conselheiro e nem que um sentimento religioso oriente tuas ações no exercício do poder. Lembra que o poder se orienta por si e não deve haver um outro poder do tipo sagrado colocado entre ti e tua vontade de mando.
A ti pessoalmente recomendo não prestares culto a deus algum. O melhor a um poderoso é não ter fé a não ser em si mesmo. No entanto, se tens o hábito de uma religião, tradição familiar ou herança infantil, e não a queres desprezar, meu conselho é que a cultives discretamente, jamais permitindo a mistura de sua moral e sua doutrina com os assuntos do poder que exerces.
2 comentários:
A benção, meu bom. Vais aos meus favoritos. Saravá!
Barbaridade, Sao Benedito, falou e disse. Adorei a frase "... hábito de uma religião, tradição familiar ou herança infantil, e não a queres desprezar, meu conselho é que a cultives discretamente, jamais permitindo a mistura de sua moral e sua doutrina com os assuntos do poder que exerces."
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