2 de dez. de 2006

Ser príncipe é um tédio



Na última vez em que fui beijado, transformei-me num príncipe e fui forçado a contrair núpcias com uma moça fútil e insegura. Alguns contistas inventaram a mentira de que fôramos felizes para sempre. Qual nada! Sofri pra caramba naquela corte cheia de gente chata. Amigo sincero mesmo eu só tinha entre os empregados, pois os freqüentadores do castelo eram fingidos, dissimulados e interesseiros. Tratei logo de morrer. Tornei-me, então, um vendedor de pipocas na porta de uma escola do bairro dos Jardins, em São Paulo. Se me encontrar, pergunte sobre meu passado nababesco e tedioso, que narrarei coisas interessantes sobre a nobreza de um país distante.

Um comentário:

Anônimo disse...

E deve ser mesmo, a vida mansa é um sonho q se alcaçado, torna a pessoa burra e indolente.... o Lula q o diga...apesar q o "burro" jamais o abandonou , e creio eu, tão pouco o indolente... mas quem nasceu de mãe analfabeta... tá de bom tamanho!

Qt a vida na corte, um porre, o suicídio era uma opção...

Será q em vez de pipóca, vc poderia optar por chicabom? "as pipocas deixam aquelas farpinhas irritantes nos dentes"!